domingo, 31 de outubro de 2010

Rodeio das Gordas na Unesp.

Durante os jogos universitários promovidos pela Unesp (Universidade Estadual Paulista), entre os dias 9 e 12 de outubro na cidade de Araraquara, São Paulo, uma nova modalidade de "competição" chamou atenção, não por sua criatividade, mas pelo constrangimento infligido a outros alunos da mesma Instituição, episódio que chamou a atenção não apenas dos demais estudantes de universidade, como também de toda sociedade e da mídia.

Pois é, a cada dia quando se pensa que não se pode inovar em termos de bullying, os bullies (agressores) demonstram possuir alta capacidade de criatividade quando se trata de inovar nas formas de humilhar outras pessoas.

Apesar de isso ter se tornado algo comum em nossos dias, não podemos nem devemos como humanos e como cidadãos se conformar com esse tipo de atitude.

Isso nos leva a refletir sobre o porquê desse tipo de situação. Apesar de nunca ter sofrido nenhuma espécie de bullying durante o colégio, já presenciei e observei diversas situações dessa natureza. Me parece que os bullies por não serem inteligentes, carismáticos ou ter alguma outra virtude natural que não seja a força física ou a altura que os coloca numa situação de causar intimidação, acabam praticando o bullying como uma forma de se destacar, de se sobressair e de aparecer de alguma forma, escolhendo como vítimas pessoas com aparência de indefesas, "bestas".

Na verdade, grande parte dessas pessoas são da classe média alta e/ou dessa geração de imperadores (filhos únicos) educados sem nenhum limite, sem nenhuma repreensão, tendo sempre todos os desejos e vontades realizadas. Falta educação e limites provindos de casa, dos pais. Mas, quando dessa ausência, a Escola devia ter atitudes mais contudentes nesse sentido, o problema nas escolas é que os diretores de hoje não tem mais capacidade de liderança, e isso atinge todo o país.

Os estudiosos e doutores publicam tanto conhecimento teórico sem ter contato com a prática e ensinam que nas escolas o professor não pode ter uma autoridade mais eficaz em relação aos alunos. Não falo em constrangimento ou exageros, mas quando os alunos podiam ser colocados de castigo, e os professores possuíam uma autoridade de fato maior sobre o aluno não se ouvia falar nessas coisas. Hoje há muita balela denominada de modernidade, "a psicologia diz isso e aquilo" e não resolve nada, uma psicologia advinda de estudos numa biblioteca, sem contato com a realidade das escolas ao redor de todo o país.

Defendo que deveria ser restabelecida a autoridade que os professores tinham antes, e assim se poderia compensar a falta de respeito e de educação que tantos alunos têm carência, originada pela omissão de muitos pais. Medidas de repreensão mais severas são necessárias, aquele que pratica coisas erradas deve saber que há punição para isso.

É lamentável que eventos dessas natureza possam ser verificados em universidade de renome de nosso país. E, aproveito para aconselhar as vítimas desses comportamentos agressivos que denunciam ao líderes da instituição quando isso acontecer, seja diretor, supervisor, coordenador, professor, enfim, o que não se pode é ficar inerte. Outra saída é ignorar se o bullying não incluir violência física, mas só com palavras, dependendo da gravidade. E, por último e não menos importante, demonstre que você não é fraco(a) nem hipossuficiente, reaja, com inteligência e sem se utilizar das mesmas "cartas" que os bullies, mas se for possível ou se os conselhos acima não resolverem, faça algo para que a situação cesse (não utiliza violência por obséquio, se não depois vão dizer na mídia que tem um blog incentivando a reação violenta das vítimas de bullying e não isso que estou dizendo) com a utilização de meios pacíficos, cordiais e inteligentes, reaja!

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