terça-feira, 25 de agosto de 2015

O PERIGO DA POLITICAGEM NAS IGREJAS!

Talvez nem todos saibam o significado do vocábulo "politicagem" como está no dicionário, mas qualquer cidadão brasileiro, por mais indouto que seja, certamente sabe, na prática, o significado do termo.

Aqui, refiro-me especificamente a essa política de troca de favores e de interesses e vantagens pessoais.

Como bem sabemos, no sistema político eleitoral, isso é bem comum, e nosso país é mundialmente conhecido pela corrupção do sistema político nacional. Particularmente, considero como um dos maiores garantidores e mantenedores da politicagem e corrupção no país algo legalizado denominado de "partido político". Mas esta não é a vertente do presente texto. 

O que me chama a atenção em nossos dias, contudo, é a politicagem invadindo as igrejas. Ela tem se instalado paulatinamente, e em breve, como câncer terá tomado a maioria de nossas igrejas.

Um dos efeitos da politicagem é a degradação e decadência espiritual das pessoas. Pois, quando um líder, seja ele pastor, bispo, ancião, ou qualquer que seja a denominação dada, é ungido sem a direção de Deus, todo o povo sofre.

Infelizmente, hodiernamente, assim como nos tempos de Samuel, muitos tem se guiado, não pela visão de Deus, mas pela visão humana, acarretando sérios danos à igreja.

Observe que Samuel era um homem de Deus, Profeta, Sacerdote, Juiz, mas mesmo assim, considerou exatamente aqueles a quem Deus não escolheu, mas que, a seus olhos eram os mais indicados a reinar e mais assemelhados a um rei.

"Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração".

"Assim fez passar Jessé a seus sete filhos diante de Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O Senhor não tem escolhido a estes". 1 Samuel 16:10

Ora, não fosse a intervenção de Deus, certamente, ao puro arbítrio do profeta, certamente teria se equivocado na unção do novo rei de Israel.

Infelizmente, muitos dos líderes atuais já não oram mais para que Deus indique e confirme o chamado, a vocação ministerial dos obreiros. Esqueceram-se dos valores celestes, e seus olhos voltaram-se mais à terra do que aos Céus. Crescimento, sucesso, dinheiro estão no topo dos interesses visados, não poucas vezes.

E como um líder escolhido de forma errada contamina e prejudica todo o restante do rebanho! Um pastor que foi ungido por homens, sem a unção por parte de Deus, naturalmente não tem a direção e a sabedoria dada por Deus àqueles que são por Ele escolhidos para obras determinadas.

São homens, via de regra, mais naturais do que espirituais. Oram pouco e não sabem como lidar com as ovelhas. Não amam, nem tampouco se importam com o estado de suas ovelhas, contanto que o dízimo esteja em dia. São por ser, fazem por fazer, ou por aparecer. Lamentável, mas é verdade.

Lastimavelmente, além disso, essa má escolha, reflete, como cachoeira, em todos os demais cargos abaixo do cargo deste líder. Se um pastor é ungido por homens, ele não irá orar também, para escolher para ocupar os cargos da igreja as pessoas capacitadas por Deus para ocupá-las, mas sim, aqueles que são seus amigos mais próximos e bajuladores. Ou aqueles a quem deve algum favor ou retribuição, ou ainda, conforme seus interesses e vantagens pessoais, se caracterizando assim a politicagem como nova forma de escolha e "unção".

Mas com Deus não há politicagem! Deus chama quem não é, para confundir aqueles que são ou pensam ser, porque Ele é soberano e faz como, quando e com quem, o que quer!

Com isso (politicagem), a igreja sofre porque, de repente, uma gama de homens e mulheres não chamados por Deus para liderarem, estão na liderança, na cúpula da igreja, seja local, seja central, refletindo assim, em todos os seguimentos e departamentos da igreja. Sem falar que, pessoas não escolhidas por Deus não tem o mesmo compromisso e testemunho que aqueles a quem Deus escolhe, teriam.

Ex positis, roguemos a Deus para que direcione os atuais líderes para escolherem as pessoas certas para realizarem a obra de Deus e desempenharem com amor os ministérios a eles confiados. E também para que aqueles que não foram escolhidos por Deus, mas pelo homem, possa reconhecer isto e renunciar a seus cargos e buscarem conhecer a vontade de Deus, para fazerem aquilo que realmente tem aptidão e chamada para fazerem, pois há trabalho para todos na casa de Deus!

Com lamento,

Diego Windsor.

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